Vitech e Fesqua ocorreram simultaneamente propondo soluções integradas
A união entre duas grandes feiras do setor do vidro e da esquadria mostrou que o mercado da construção civil e arquitetura estão em forte crescimento e desenvolvimento. A primeira edição da Vitech – Feira Internacional do Vidro – foi um sucesso, segundo os organizadores do evento. O comentário geral dos visitantes e expositores foi de que o evento superou todas as expectativas, aliando um grande número de empresas e produtos de muita qualidade. Em conjunto com a Fesqua – Feira Internacional de Esquadrias -, a Vitech ocupou um pavilhão inteiro do Expo-Imigrantes, em São Paulo, e recebeu na última semana 22 mil visitantes.
O organizador da Fesqua, José Roberto Sevieri, explica o ingrediente para o sucesso dessa união. “O sujeito que compra esquadrias não pode deixar de comprar vidro e vice-versa. O vidro e o alumínio formam o casamento perfeito”, brinca o presidente do Grupo Cipa. A opinião é reforçada por Eduardo Saraiva, realizador da Vitech. “Estava faltando isso [a união entre as feiras]. Essa é a única feira que apresenta todas as soluções que o mercado precisa em um só lugar”, explica o empreendedor.
Em 2008, a Fesqua aconteceu simultaneamente à edição paulista da Fenavid – Feira Nacional do Vidro. A sinergia entre os dois setores e o bom resultado obtido no ano fez com que seus organizadores ampliassem o conceito para 2010, transformando a feira nacional do vidro em um evento internacional.
As maiores marcas do setor do vidro estiveram presentes, como a UBV e a Cebrace; no entanto, o espaço foi dividido com outras empresas menores, o que garantiu variedade para os clientes e ampliou as possibilidades de negócios entre os expositores. O resultado positivo do evento começou a gerar expectativa entre os presentes para a edição seguinte, a ser realizada no ano de 2012. Muitos expositores afirmaram que querem retornar à feira e esperam até aumentar o tamanho de seu estande.
Uma curiosidade era a grande quantidade de estrangeiros presentes. Chineses, alemães, espanhóis, italianos, chilenos visitaram e participaram do evento. As diferentes línguas, no entanto, não atrapalharam os negócios, como no caso de Jorge Lagos, dono da Vidriceria Lagos, que veio à Vitech para comprar produtos em alumínio para obras no sul do Chile. “É muito gratificante conhecer produtos novos e levar essa tecnologia para meu país”, afirma o chileno.
Além de visitantes estrangeiros, muitas empresas internacionais expuseram também seus produtos. Mas essa inserção de novas marcas não representa concorrência para o mercado nacional, como ressaltou Sevieri no almoço de lançamento da feira. “A Vitech é a Fenavid com um projeto mais amplo, mais forte, para levar o Brasil ao mundo internacional do vidro e trazer para o país as tecnologias de fora. Não vamos trazer concorrentes diretos das empresas brasileiras”, frisou.
O boom de estrangeiros é reflexo do aquecimento do mercado brasileiro, acompanhado dos números positivos no mercado da construção civil e uma expectativa de crescimento de 12% do setor vidreiro, de acordo com dados da ABIVIDRO – Associação Técnica Brasileira das Indústrias Automotivas do Vidro. Outra explicação é dada por Eduardo Saraiva, que compara o atual momento do mercado nacional em contraste com o cenário mundial. “Com a desaceleração do mercado europeu, muitas empresas do vidro e de esquadrias estão vindo para o Brasil e a Vitech, em conjunto com a Fesqua, tornou-se a principal porta de entrada para o mercado local e latino-americano”, analisa o diretor da Revista O Vidraceiro.
Fonte: lugarcerto